domingo, 18 de maio de 2008

Não deixa para amanhã...

Já encontrei muita gente boa neste mundo. Pessoas que marcaram minha vida, meu caminho, meu destino. Não sei ao certo quantas, mas com certeza foram várias.

Em cada lugar uma recordação, em cada momento uma alegria, em cada despedida uma lágrima. Não tem como apagar da memória. Saudades. Quem bom seria vê-los de novo.

Se você pensou em me perguntar o “por que” não vou até eles, é simples: Estão do outro lado do oceano, milhas e milhas distantes. Foi por lá que os encontrei. Parece que foi ontem, a imagem em minha mente é ainda por completa. Não tem como apagar. Não tem como esquecer.

Vou contar um pouco desta história. Num certo dia, em uma das Américas, era a hora de se despedir. O vôo já tinha anunciado, precisávamos ir embora. E foi justamente neste momento que uma das pessoas que mais nos ajudou começou a chorar, não tivemos como segurar, foi um choro coletivo. Não tem como explicar. Sabíamos que talvez nunca mais fôssemos vê-lo, e talvez por esta questão, a emoção foi à flor da pele.

Ao entrar no avião, a tristeza tinha tomado conta de nossos corações. Olhávamos um para o outro, sem palavras, apenas imagens, lembranças. Perguntávamos para nós mesmos o “porque” que certas pessoas passam em nossas vidas tão rapidamente?

Depois deste dia o encontrei por duas vezes, em cantos diferentes, em cidades distantes. Sei que hoje deve estar em algum lugar e, com certeza ajudando alguém. O tempo passou, não tenho mais notícias e nem contato, mas uma coisa eu aprendi:

Temos que valorizar as pessoas sempre, todos os minutos de nossas vidas, todos os dias, todas as horas. Não sabemos o dia de amanhã, por isso, abrace quem está ao seu lado agora, de um beijo, fale algo que você sempre quis dizer e nunca teve coragem. Vá agora... Eu espero você voltar...

Enfim, chegamos ao Brasil. Cada um foi para sua casa. Mas pode crer que ninguém esqueceu este dia. Esteja certo que esta viagem foi mais uma lição de vida, uma experiência, e uma certeza que existem pessoas boas neste mundo independente do lugar e da situação. Pessoas que encontramos uma vez e que nos dão a sensação de que conhecemos à décadas... Em outras vidas... Em outros tempos...


*** Esta pessoa a quem me refiro no texto é o Negreth, um amigo que nos auxiliou em nossa primeira turnê para os EUA, um “cara” que nos ajudou 24 horas por dia. Nas ruas do Bronx, Brooklin, Queens, Harlem, conhecemos um mundo diferente. Foi com ele e seu irmão que aprendemos muitas coisas que certamente não iremos esquecer jamais. O local da despedida foi o aeroporto de Nova York, no ano de 1999, com o Grupo Exaltasamba, numa época que não esqueceremos jamais.

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