domingo, 25 de maio de 2008

Abra a janela

Talvez exista alguma palavra em seu silêncio
Que não queira falar ou desabafar
Mas se prefere assim, nada posso mudar
Mas estarei ao seu lado, é só me chamar

Senti por não te ligar
Mas penei por não atender
Se nem ao menos retornou
O que poderemos fazer?

Todos nós temos problemas
Que vem e vão, sem pedir, sem avisar
Por isso seja forte, não desanime, lute
A paz e o amor existem. Estão no seu olhar

Talvez seu coração não acredite
Mas ficarei feliz ao te ver chegar
Abra a janela agora e deixe o sol entrar
Pois o amanhã vai lhe mostrar, que você chegou até aqui,

Para vencer, para ganhar...

sexta-feira, 23 de maio de 2008

DICA INVÁLIDA

Av. Goiás, 1074Centro - São Caetano do Sul / SPTEL.: (11) 4229-1419
Este é o endereço que eu NÃO recomendo para alguém ir. Dizem que o sucesso da galeteria é a picanha, mas infelizmente não vi nada de diferente. Ops, vi sim, o preço. ABSURDO!!!
A conta de R$ 167,00 foi exatamente:
- 01 picanha
- 02 porçoes de fritas
- 9 cervejas
- 01 água
- 02 refrigerantes
Não é uma matéria, e sim uma dica, por isso não tem lead, não tem nada de jornalismo, apenas indignação.
Para abrir a cerveja tínhamos que chamar o garçom toda hora. Garçom, qual? cada chamado era um diferente, ou seja, totalmente fora do protocolo. A carne é assada na própria mesa, e por sinal, cade ele? Quem assou fomos nós, ou melhor, meu cunhado.
O pedido era sempre feito duas vezes. Isso porque a casa estava vazia. Enfim, não vale a pena gastar nem mais uma linha com o texto. Quer uma dica? Vá em outro lugar, com certeza, você irá gastar menos e ter um atendimento melhor.
Para ir embora paramos num posto de gasolina e pedimos duas latinhas: SURPRESA!!!
Cada lata da SKOL custou R$3,80. Que me desculpe S.Caetano, mas, prefiro ficar é na Mooca ou em outro lugar mais acessível.
Aliás, na volta paramos na Paes de Barros, ao lado do Elidio Bar, e desfrutamos de uma noite super agradável e.............muito mais barata!!!!
Valeu!!!!

Encontrar você

Tem dias que são cruéis
A tempestade parece não cessar
A chuva é forte e o vento arrasador
Será que este dia não vai acabar?

Não posso mais ficar aqui
Tenho que fugir deste lugar
Preciso encontrar alguém
Não importa quem, apenas me confortar

Na solidão sinto seu perfume
Na estrada vejo teu olhar
Na rua lembro dos nossos dias
Tempos bons, só que não querem voltar

Não sei nada do destino
Nem tampouco do seu amor
O que era certo, hoje é errado
O que era bom tornou-se dor

Ah! Se eu pudesse voltar ao tempo
Analisar nossos erros a cada segundo
Tentaria descobrir onde pecamos juntos
Só pra ser feliz um dia neste mundo

Já não sei mais o que fazer
Já estou ao ponto de enlouquecer
Não é possível andar em todos os lugares
E só encontrar você...

URGÊNCIA?



- Bom dia, preciso de uma viatura com urgência, mal súbito, com quem eu falo?

- Soldado Marcio. Qual o tipo de problema?

- Um momento – Neste intervalo converso pelo HT com o líder da Segurança e ele me responde que é uma senhora que desmaiou na capela.

- Uma senhora desmaiou soldado Marcio.

- Pôxa, mas desmaio é “vago” demais, pode ser uma convulsão, infarto, pressão. Você tem que avaliar melhor.

- Se eu soubesse diagnostica-la eu não estaria pedindo ajuda. Quem faz este tipo de serviço é medico, e pelo que sei os especialistas são vocês, ou não? Pois eu trabalho com segurança. E o nosso ambulatório está fechado.

- Um momento (o sinal parece de uma transferência)

- Bom dia?

- Bom Dia, meu nome é Alexandre e preciso de uma viatura com urgência. Com quem eu falo?

- Maria, Qual o endereço?

- Rua Taquari, 546 – Mooca – Universidade São Judas - Qual o número da ocorrência?

- O protocolo é: 145456-9 (este número é fictício, não me recordo do original).

- Qual o problema?

- Desmaio, trata-se de uma senhora de aproximadamente 70 anos.

- Ok. Já está a caminho.

- Obrigado.

Este diálogo foi exatamente às 11H 10M. Realmente é deplorável uma situação como esta. Uma má vontade, uma falta de preparo, sem estrutura nenhuma a nossa policia. Parece que é favor ou algo parecido. Em nenhum momento eles informaram que tinham transferido para o SAMU. E por que não o resgate? Por se tratar de um desmaio? E se for um infarto?

Às 11H 30M liguei de novo:

- Policia Militar, Bom dia.

- Bom dia, com quem eu falo?

- Policia Militar, Bom Dia.

- Estou com um número do protocolo e queria saber se a viatura já está a caminho?

- Não trabalhamos com protocolo, você falou com quem? Com o SAMU?

- Meu senhor, eu liguei para o RESGATE e falei com o soldado Marcio. Não falei com o SAMU, se ele me passou para lá devo ter falado com “alguém” que trabalha no SAMU.

- Um momento.

- Maria bom dia?

- Bom dia, queria saber se a viatura para a Universidade São Judas está a caminho?

- Meu senhor, já foi passado para a viatura.

- Ok. É do SAMU?

- Sim

- Obrigado.

Às 11H 45M a família da vitima chegou à universidade para socorrê-la. Imediatamente a levaram para o hospital. E para a surpresa de todos, às 12H 05M chega a viatura do SAMU. O motorista informou que desconhecia o endereço, passaram para ele que o problema era “numa” calçada e não dentro de uma universidade. E que informaram a noticia há dez minutos.

O que é isso? Estamos falando de uma vida. Não podemos tratar ninguém desta forma. E outra, na calçada é “vago” e, por que ele veio justamente na calçada da São Judas? Coincidência?

É, precisamos realmente fazer algo por nossa cidade. Foram exatamente 55 minutos de atraso. Não podemos brincar com isso. É um caso sério. Se fosse uma ocorrência em plena sexta-feira, ou no inicio de um feriado prolongado, tudo bem. Mas no domingo é brincadeira, e de mau gosto.

Para encerrar este “circo”, pois na minha concepção não tenho outra palavra para substituir, a viatura do SAMU fica na rua de trás da universidade. Isso mesmo, na Rua Cassandoca tem um Corpo de Bombeiros. E a universidade fica em frente da Sub Prefeitura da Mooca e, a central do RESGATE situa-se na Praça da Sé, próximo da ocorrência.

E quem mora longe?

domingo, 18 de maio de 2008

Exaltasamba


LOTADO!!!
Esta era a palavra mais comum na noite de quinta-feira,15 de Maio. A casa de shows "Credicard Hall" já não disponibilizava de ingressos para o grande público concentrado na recepção e, nem os estacionamentos tinham mais lugares..
Dando continuidade à turnê nacional do show "Pagode do Exalta", o grupo se apresentou com canções do novo trabalho, como o hit “Tchau e Bença”, além de antigos sucessos como “Me Apaixonei Pela Pessoa Errada” e “Telegrama”.

Hoje a banda conta com Péricles (voz e banjo), Pinha (repique de mão, repinique), Brilhantina (cavaquinho), Thell (tantã)e Thiaguinho (voz e banjo).
Mais que um show, o Exaltasamba deu uma verdadeira aula de música e de sucessos. Com um forte coral, o espetáculo não deixou nada à desejar.

Choro de rua


O que fazer no sábado?
Se você gosta de um bom choro ou de uma roda de samba no melhor estilo 'raiz", dê uma passada na loja da Contemporânea, em funcionamento desde 1958. Todos os sábados das 09 às 14H, você pode apreciar o "Samba de Vitrine".
Uma apresentação fora-de-série no lado externo da loja, isso mesmo, na calçada todos podem ver e apreciar o que há de melhor em samba. Enquanto uns tocam outros apreciam. De profissionais à amadores.
Desde 1960 a loja é ponto de encontro de músicos profissionais e amadores. De Elis Regina à João Nogueira , de Jacob do Bandolim à "Fundo de Quintal".
E você? Quel tal dar uma passadinha no próximo sábado? Confira e desfrute de um bom samba de raiz. aliás, em frente da loja, você pode adquirir uma mesa e desfrutar de uma cerveja bem gelada e uma ótima feijoada.
Detalhe importante: No término da apresentação do grupo, o bar da esquina dá sequência no mesmo ritmo, com muito cerveja e pagode da melhor qualidade.
Confira:
Local: Rua General Osório, 46 - Centro
Todos os sabádos: das 09H às 14H
Grátis

Não deixa para amanhã...

Já encontrei muita gente boa neste mundo. Pessoas que marcaram minha vida, meu caminho, meu destino. Não sei ao certo quantas, mas com certeza foram várias.

Em cada lugar uma recordação, em cada momento uma alegria, em cada despedida uma lágrima. Não tem como apagar da memória. Saudades. Quem bom seria vê-los de novo.

Se você pensou em me perguntar o “por que” não vou até eles, é simples: Estão do outro lado do oceano, milhas e milhas distantes. Foi por lá que os encontrei. Parece que foi ontem, a imagem em minha mente é ainda por completa. Não tem como apagar. Não tem como esquecer.

Vou contar um pouco desta história. Num certo dia, em uma das Américas, era a hora de se despedir. O vôo já tinha anunciado, precisávamos ir embora. E foi justamente neste momento que uma das pessoas que mais nos ajudou começou a chorar, não tivemos como segurar, foi um choro coletivo. Não tem como explicar. Sabíamos que talvez nunca mais fôssemos vê-lo, e talvez por esta questão, a emoção foi à flor da pele.

Ao entrar no avião, a tristeza tinha tomado conta de nossos corações. Olhávamos um para o outro, sem palavras, apenas imagens, lembranças. Perguntávamos para nós mesmos o “porque” que certas pessoas passam em nossas vidas tão rapidamente?

Depois deste dia o encontrei por duas vezes, em cantos diferentes, em cidades distantes. Sei que hoje deve estar em algum lugar e, com certeza ajudando alguém. O tempo passou, não tenho mais notícias e nem contato, mas uma coisa eu aprendi:

Temos que valorizar as pessoas sempre, todos os minutos de nossas vidas, todos os dias, todas as horas. Não sabemos o dia de amanhã, por isso, abrace quem está ao seu lado agora, de um beijo, fale algo que você sempre quis dizer e nunca teve coragem. Vá agora... Eu espero você voltar...

Enfim, chegamos ao Brasil. Cada um foi para sua casa. Mas pode crer que ninguém esqueceu este dia. Esteja certo que esta viagem foi mais uma lição de vida, uma experiência, e uma certeza que existem pessoas boas neste mundo independente do lugar e da situação. Pessoas que encontramos uma vez e que nos dão a sensação de que conhecemos à décadas... Em outras vidas... Em outros tempos...


*** Esta pessoa a quem me refiro no texto é o Negreth, um amigo que nos auxiliou em nossa primeira turnê para os EUA, um “cara” que nos ajudou 24 horas por dia. Nas ruas do Bronx, Brooklin, Queens, Harlem, conhecemos um mundo diferente. Foi com ele e seu irmão que aprendemos muitas coisas que certamente não iremos esquecer jamais. O local da despedida foi o aeroporto de Nova York, no ano de 1999, com o Grupo Exaltasamba, numa época que não esqueceremos jamais.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

























Abaixo você pode conferir o RELEASE do cantor Chrigor. ele está disponível no site: www.chrigor.com.br

Veja:

A carreira é solo, mas Chrigor está muito bem acompanhado. Seu novo álbum, lançado pela Deckdisc, tem produção caprichada de Bira Haway, uma espécie de “midas” do gênero samba & pagode, que tem no currículo de sucessos, grupos como Molejo, Soweto e Exaltasamba. Para o álbum de estréia, idealizado entre amigos, Bira ajudou a selecionar as 14 canções. “Temos um sistema de escolher repertório muito rápido e fácil: a gente senta e escuta mais de 600 músicas (risos). O Bira já é consagrado como ‘o cara’ neste meio e todo mundo o conhece”, diz. No repertório afinado do festejado CD, estão composições moldadas para a voz do cantor. Parceria refinada como a de Xande de Pilares e Mauro Jr. em “Sinto algo em meu coração”, composição ritmada de Arlindo Cruz em “Sinto saudade, Amor” e até o veterano Altay Velloso com “Tão perto de mim” recheiam com classe os sambas de primeira. O novo trabalho traz aos fãs de Chrigor não apenas um disco repleto de sucessos garantidos, mas também um cantor ainda mais dedicado e com um trabalho que é a sua cara. Para comprovar, Chrigor assina a canção “Não é fácil”, composta em parceria com Montanha ainda durante as viagens do Exaltasamba, e que lamenta um amor abandonado e não mais correspondido.


Não é fácil...








Composição: Chrigor/Montanha

Será, que você não entende
Minha vida sem você não tem razão

Não é fácil mentir
Quando a gente ama
Tudo muda em nossa vida
Não tem explicação

É difícil sentir
Um amor de verdade
Na verdade eu quero ter
Você pra mim

Sinto falta de você a todo tempo
Dói saber que está distante de mim
Como poderei cessar meu sentimento
No momento quero você sem fim

Será, que você não entende
Minha vida sem você não tem razão
Será, que você não compreende
O que mais quero é mergulhar
Nessa paixão


Esta canção é minha e do Chrigor. Ela está em seu novo CD, "Quem me conhece sabe quem eu sou".
Fizemos esta música no interior do Rio de Janeiro, Itaperuna, quando trabalhava no Grupo Exaltasamba.
escute ou faça o download em qualquer site da internet. E confira o mais novo sucesso do cantor Chrigor.

Obrigado

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Falta...

Quando você passou, pude ver daqui do alto
Que o presente mudou. E o futuro? acabou?
Esperava alguma coisa, mas o vento levou...
Apenas queria saber, se teu olhar mudou

Para quem não sabe viver, só lhe resta destruir
Não percebemos nada, mas nos deixamos fluir
Sentimos apenas nos corações, pois temos amor
Amor pra valer, que não pode se perder

Senti sua falta, não vou negar
Mas o que fazer, se não soubemos filtrar
A vida é assim mesmo, mas não vou me conformar
Quem sabe amanhã, voltamos a se encontrar

E aí poderemos sorrir de novo, sentir, beijar...
Ver o quanto fomos inocentes e impacientes
Não tivemos culpa, apenas nos tentaram separar
Mas pelas estrelas, sei que vou te achar

No meu "barco" não existe luxo, nem tesouro
Apenas vontade de crescer, e de poder entender
Que um dia a vida vai nos mostrar..e o tempo vai compreender
Que obstáculos surgem, apenas para nos fortalecer...


segunda-feira, 12 de maio de 2008

E a música parou....

Muitas coisas a fazer
Tempo marcado, esgotado
Horas, minutos e segundos
A musica que toca, vem lá dos fundos

Ela vem do nada, do vazio
Da ignorância, da prepotência
Em cada nota, um desprezo
Em cada acorde, dai-me paciência

O som entra como sai
No vaivém do maestro
A chuva cai, já é tempestade
Alguém gritou: Faltou humildade!!!

Mas deixa pra lá, o tempo passou
A canção já tocou, apenas o palhaço
Lá nos fundos do porão, não enxergou
Que a cena mudou, a fila andou e a música parou...


sábado, 10 de maio de 2008

Pra você...

Sei que meu mundo é diferente, distante
Mas não vou me calar, preciso falar
Ou quem sabe desabafar, deixar soar
Em versos ou canção, preciso explicar

Quando um certo alguém me disse
Eu pude perceber...o quanto você me seduz
Igual na canção "Eu te amo calado
como uma sinfonia, de silêncio e de luz..."

Mas não sou medo, não sou desejo
Sou apenas alguém, talvez sem esperança
Que fala sem pensar o quanto te quer
Pode ser dia ou noite, pode ser num tempo qualquer

Sei que vou sofrer, mas nada posso fazer
Pensei até em me mudar, sumir, escafeder
Mas eu te prometo, ninguém vai perceber
O que sinto por ti, é maior que você

E no castelo dos sonhos, pude apenas te olhar
De uma torre qualquer, vi a princesa passar
Pensei até em gritar, mas não posso exaltar
Amanhã vou te ver, mas hoje...eu vou chorar.

Ingleses publicam livro sobre Gilberto Freyre


Recentemente em Londres, historiadores britânicos e brasileiros publicaram uma breve introdução sobre a obra do sociólogo, escritor e antropólogo brasileiro Gilberto Freyre. Vale lembrar que o livro é em inglês.

O nome dado para tal feito é “Gilberto Freyre: Social Theory in the Tropics” (Gilberto Freyre: Teoria Social nos Trópicos), a obra foi feita em parceria com o historiador da Universidade de Cambridge, Peter Burke, e sua esposa, Maria Lúcia Garcia Palhares Burke, do centro de Estudos Latino-americanos da mesma universidade.

Freyre foi estudado e analisado de forma ambígua, interior – do próprio Brasil – e exterior, comparando-o com outros historiadores e sociólogos como Johan Huizinga e demais integrantes da famosa escola francesa dos Anais.

Conforme a explicação de Maria Lúcia, cuja nacionalidade é brasileira, ela só conheceu a obra de Freyre bem depois do seu marido britânico, pois na década de 60, época em que estava na universidade, o escritor não despertava grande interesse nos estudantes devido o apoio à ditadura.

Com referência ao livro, o assunto mencionado é a vida e obra de Freyre em seu todo, com total destaque no contexto cultural e político. Uma característica importante é que não esconderam as criticas e valorizaram as enormes contribuições que foram dadas à sociedade brasileira.

Para quem não teve ainda a oportunidade de ter um contato inicial com seu acervo, o Museu da Língua Portuguesa exibe boa parte do seu material. Nesta mostra encontram-se fotos, textos, livros e boa parte de suas memórias ao longo do tempo em que viajou pelo Brasil e Exterior.

O Museu da Língua Portuguesa está situado no centro da cidade de São Paulo, ao lado da estação de trem “Luz”, inclusive nos finais de semana com desconto para professores e estudantes. Confira.


terça-feira, 6 de maio de 2008

A lei da causalidade

Deu na BSGI (Associação Brasil Soka Gakkai Internacional - Budismo)

O budismo ensina que a felicidade humana baseia-se na Lei de Causa e Efeito. Diferentemente do conceito de causalidade nas ciências naturais e sociais, o princípio budista de causa e efeito considera em primeiro lugar a vida da pessoa.Suponhamos que um aluno estude bastante para um exame e passe com notas altas. O estudo aplicado é a causa e ser aprovado, o efeito. Mas há sempre algum meio que liga a causa ao efeito, e neste caso o meio é o ato de prestar o exame.
Tal meio funciona de duas formas: produz um efeito e contribui para formar uma nova causa. No entanto, a mesma quantidade de esforço não necessariamente leva aos mesmos resultados. Alguns estudantes têm naturalmente boa memória, ao passo que outros tendem a esquecer as coisas rapidamente. A questão mais importante é o que produz essas diferenças entre os indivíduos.
O budismo atribui a causa ao modo de vida nas existências anteriores. A individualidade e as habilidades naturais são os efeitos das causas realizadas em existências anteriores.Neste sentido, o budismo é muito diferente da doutrina de algumas religiões ocidentais que sustentam que um ser transcendental predetermina o curso de vida das pessoas neste mundo.
O budismo afirma que cada indivíduo é responsável por seu próprio destino e tem ao mesmo tempo a prerrogativa para mudá-lo para melhor e desenvolver seu caráter no futuro. Isso significa que a pessoa com memória fraca não tem de se resignar ao seu destino. Se sabe de seu ponto fraco, pode iniciar os preparativos para um teste bem antes dos outros para que possa memorizar completa e eficazmente as matérias.
Assim, poderá superar sua desvantagem. Em vez de depender de sua memória fraca, pode compensá-la aumentando sua compreensão. Estando ciente de seus próprios potenciais, fraquezas e inclinações, é possível desenvolver os pontos fortes e melhorar os fracos. Esta é a maneira correta de superar as limitações do destino. Mesmo assim, deve-se ter força suficiente para desfrutar a liberdade fazendo com que a Lei de Causa e Efeito atue em benefício próprio.
Nitiren Daishonin elucidou a forma de aumentar a própria energia vital e sabedoria para poder atingir a liberdade que está muito além do que se pode atingir apenas com um esforço consciente. Uma vez que o destino é o produto, ou o efeito, dos esforços passados determinados pela lei da causalidade, não se pode evitar seus efeitos. Contudo, a pessoa não deve se resignar.
Se permanecer firme no leito do rio da vida, a Lei Mística, que é a entidade da vida, e não apenas as torrentes do carma, ou destino, podem conduzi-lo. Estabelecendo uma base inabalável, pode-se obter a liberdade de agir de acordo com a própria vontade.

sábado, 3 de maio de 2008

Quem me dera ao menos vez...

“Quem me dera
Ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante...”


A profundidade desta letra e a idéia de Renato Russo é fora do comum. Às vezes tenho esta mesma necessidade de “ao menos uma vez” poder realizar coisas que estão ao nosso redor. Onde há pessoas que precisam e pessoas que podem ajudar.

Mas no dia-a-dia vemos uma certa distância destes grupos, ou por vergonha, por falta de iniciativa ou até por falta de compreensão. E na letra da canção queria mesmo “que o mais simples fosse visto como o mais importante”.

“Quem me dera ao menos uma vez” poder fazer de um dia, o dia mais bonito. Quem me dera poder realizar o sonho de cada criança, a esperança de cada idoso, a vontade de cada pessoa.

“Explicar o que ninguém consegue entender”, seria na verdade o ponto chave. Trazer a luz para quem está no escuro, fazer de cada caminho uma nova esperança.

Mas “o futuro não é mais como era antigamente”. Por isso temos que fazer as coisas com uma certa rapidez. Dar o nosso melhor a cada hora, a cada instante. E como em outro verso: “Viva sua vida, como se cada dia fosse o último”(Obrigado Jú).

Existem pessoas que “fala demais por não ter nada a dizer”, e quase sempre machuca quem está ao seu lado. Vamos viver o presente, vamos nos preocupar com o amigo próximo, vamos ajudar quem precisa realmente. Se este “alguém” fez “isso” ou “aquilo”, deixe de lado neste momento, vamos fazer a nossa parte.

Ele estará nos guiando, mesmo sem “entender como só Deus ao mesmo tempo é três e esse mesmo Deus foi morto por vocês”. Vocês quem? Não importa o que aconteceu, e se ”é só maldade então deixar um Deus triste”, esta é a hora de fazê-lo feliz. Podemos ser mais do que três. Podemos ser muito mais, acredite.

Todos nós sabemos que o mundo não é um arco-iris, e que nem todos pensam da melhor forma. Por isso queria “acreditar por um instante em tudo que existe, e acreditar que o mundo é perfeito, que todas as pessoas são felizes”.

Infelizmente não são. “Mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente”. Para este paradigma mudar é preciso acreditar nas pessoas, acreditar na força interior, acreditar em si mesmo. Temos que ajudar sem pedir nada em troca, não podemos ficar só olhando as coisas acontecerem, temos que ir muito mais além. E fazer de um refrão o nosso pensamento central:


“É preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã”

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Nunca é tarde


Ao passar pela rua avistei a seguinte frase: "Minha vida não tem tanto valor, como seu computador" - Parei por um momento e fui para o trabalho em reflexão. E por coincidência, isso me remeteu ao texto do Mc Luhan, "Visão, Som e Fúria".

A explosão do avanço tecnológico é ambíguo, de um lado nos ajuda no tempo e disposição da notícia, do outro, a superficialidade em que nos encontramos perante ela. É, a pessoa que escreveu a frase sequer sabe da existência de Mc Luhan, mas certamente ela já sofre com os avanços tecnológicos que não param de expandir.

E por falar em textos, livros, era tipográfica, Gutenberg, leitor solitário, eu selecionei alguns livros para doar ao "sebo". No caminho eu notei que havia alguns livros infantis e ao avistar dois meninos na rua, próximos à universidade, perguntei a eles se queriam algum dos exemplares.

Para meu espanto um deles me respondeu tão rápido que sequer tive chance de mostrá-los:

- Tio, "nóis" não sabe ler......"nem" eu e "nem" ele

Esta resposta por uns segundos me deixou fora de si, pois estava próximo à um universidade, berço da cultura e feliz por ter feito uma boa prova no dia anterior sobre "Comunicação Comparada". E eles sequer sabiam da existência do "Pequeno Príncipe", das "Clássicas histórias infantis", do "Gibi da Mônica", enfim, que comunicação é essa que só alguns tem acesso?

Será que nossos governantes não enxergam isso? Ou será que não querem enxergar?. Me desculpe, mas a indignação é tamanha que nem consigo raciocinar direito. Aliás, eu já sabia deste quadro de analfabetismo, mas é difícil assimilar ou encontrar uma resposta quando deparamos com ele.

Enfim, a realidade dói e por pior que seja as coisas eu não consigo ficar quieto. Estou indignado, revoltado. Quantas coisas estas crianças estão deixando de vivenciar por não conhecer a leitura? Quantas "viagens" elas estão deixando para trás?

É complicado, mas ainda existem muitas pessoas que não sabem ler. E o pior é saber que nem sempre tem comida e um teto para confortá-los ou alimentá-los.

Ao chegar na universidade me senti como se estivesse em outro mundo. Em cada canto, em cada "roda" uma conversa diferente, um assunto acadêmico. Enquanto uns falavam de "Direito Comercial" outros comentavam de "Arquitetura Moderna", enquanto uns mostravam uma "Nova Semiótica" ou discutiam alguma "Teoria Marxista", a vida lá fora seguia de um jeito bem diferente.
Neste pequeno espaço (blog) eu falo das crianças, dos idosos, dos excluídos, dos "sem-teto", dos "descamisados", dos "sem-família"...Mas vai chegar o dia que além de falar eu vou poder ajudar de uma forma bem melhor. Bem mais forte do que hoje. Por isso estou nesta luta diária, pois sei que "amanhã" vou estar em um plano bem melhor.
E aí eu vou poder fazer muitas coisas que tenho em mente. Mas não vou ficar parado esperando este dia chegar. Já estou fazendo aos poucos, do meu jeito, nas minhas condições. E você? Está fazendo o que? Nada? Então comece agora mesmo, pois nunca é tarde para começar algo. Ainda mais quando se trata de ajudar o próximo.
Obs: Não quero mudar o mundo, apenas estou procurando uma forma mais eficaz de fazer a minha parte.
Valeu!!!