Nem sempre estamos inspirados para escrever os belos poemas ou até mesmo alguma matéria interessante, por isso, o meu desabafo. Às vezes, eu me pergunto o porquê de muitas coisas. Sou a favor de colher o que se planta, isso, temos que ter consciência da causa e efeito.
Não entendo como tanto desempenho vai por água abaixo. Nos dedicamos de corpo e alma e na hora "H"...Nothing, nada, niente, branco total. Peraí, branco? Não totalmente, mas uma visão diferente de tudo aquilo que presenciamos.
Sou a favor de fazer algo em cima daquilo que vimos, que nos foi passado, de forma clara, límpida, transparente. Com valores iguais para todos ou todas as questões. Será que o erro está dentro de nós? Será que apenas uma hora de avaliação é o suficiente para sabermos se fulano ou sicrano é qualificado? Que ele não é um profissional por completo pois não atingiu o ápice na questão de Charles Peirce?
Desenvoltura e percurso da relação prática e teórica dentro da analogia da lógica e sentimental? Sinceramente eu só sei que nada sei, obrigado Sócrates.
Mas a vida continua e temos mais avaliações pela frente. Sou a favor do diálogo entre aluno e professor, sou a favor do mestre que nos escuta, sou a favor da pessoa que nos ensina e orienta o melhor caminho. São eles que nos conduzirão para uma carreira e um mundo competitivo que nos aguarda lá fora.
Estamos no ritual de processo, na liminaridade, na margem. Se preparando para voltar com "status", ou quem sabe, como herói para servimos à sociedade. Mas de que forma poderemos expor nossas indagações? Quem vai nos ouvir? Será que estamos no caminho certo?
Não sei...Mas precisamos voltar ao nosso objeto de estudo. A memória social encravada em nosso corpo durante 60 minutos não se apagará jamais, servirá para amanhã sabermos nossa identidade social, de onde viemos. A tortura não só acontece na aldeia indígena, entre os nativos, acreditem!!!
Heloisa Pontes estava certa, temos que ter um olhar treinado, ter o estranhamento. Já não sou mais de dentro e nem totalmente de fora. Vou fazer como Malinowski, procurar não analisar a forma de como ele pensa e sim como age. Vou conviver mais, aprender sua língua, participar de seus rituais, deixar de lado um pouco as anotações e interagir por inteiro.
Continuo em campo, focado no meu objeto ( não é dinâmico, é de estudo), vou sair do livro para a realidade e, vou tentar transformar o exótico em familiar. Só assim poderei amanhã, terminar minha análise por completo.
3 comentários:
Eu não gosto de bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Eu aguento até rigores
Eu não tenho pena dos traídos
Eu hospedo infratores e banidos
Eu respeito conveniências
Eu não ligo pra conchavos
Eu suporto aparências
Eu não gosto de maus tratos
Eu aguento até os modernos
E seus segundos cadernos
Eu aguento até os caretas
E suas verdades perfeitas
Eu aguento até os estetas
Eu não julgo a competência
Eu não ligo para etiqueta
Eu aplaudo rebeldias
Eu respeito tiranias
E compreendo piedades
Eu não condeno mentiras
Eu não condeno vaidades
Eu gosto dos que têm fome
Dos que morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem...
Adriana Calcanhotto (Senhas)
Pena que ao aconselhar muitas vezes não seguimos, se é que vc me entende!
bjosssssssss
Caraca... arrebentou Montanha...
É por aí mesmo... a semiótica até hoje não foi totalmente explicada... e por causa dela corremos sérios riscos de não recebermos o nosso diploma...
Abs,
Marcão.
Alê!!! Parabéns! Adorei o desabafo!
Com certeza escreveu o que muitos pensam e não sabem como expressar.
Parabéns mesmo!
Beijos
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