segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Milhões de vasos sem nenhuma flor


Vejo o cinza da minha janela. Já é dia
O mundo está ao contrário e ninguém reparou
Ouço, penso no seu jeito, no seu cheiro
O que você está fazendo?
Milhões de vasos, sem nenhuma flor
Obrigado poeta, mas é a minha dor

Que chega pelas manhãs sem pedir
Não vou rimar, quero a desconstrução
Desfragmentar, quebrar, fugir às regras
Apenas explanar, gritar, ecoar...
E a flor? Coração? Vaso?

Preciso agora!!! Sei que você também
Aí neste apartamento, sozinha, calada
Eu consigo ver, ouvir, sentir
Seu pedido de socorro, suas lágrimas
A canção que tocou na hora errada
Agora é a nossa marca, acredite
Não vou sumir. Apenas guardei suas cartas
Que cartas? Cartas virtuais sem sentidos
Sem palavras, sem ética, sem coração
Mas eu as guardei...

O ciclo se vai, outro vem, e o que fazer?
Só sei que nada sei quando o tema é você
Não tenho coragem, mas tenho as palavras
A subjetividade é minha aliada, amiga

Talvez não entenda ou não entendam
Mas são apenas letras desconstruídas
Podem ser sentidas e compreendidas
Se puderem perceber as metáforas
Se conseguirem ver
A flor e o vaso
O amor e o descaso.
O dia chegou
Nada é por acaso...

Um comentário:

Unknown disse...

Oiee, Parabéns..
Seu texto é lindo.. quando o coração fala a gente percebe..

Sucesso, beijos