quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Gavetas

Aí está o poema que você me pediu...

O que eu poderia fazer para arrumar esta gaveta?
Que todos mexem, remexem e não perguntam
Se está abandonada, se tem dono ou largada
Apenas deixam trapos e palavras amargas

E não me venha dizer que chorar é humano
Angústias e sentimentos se rebelam, se cansam
E no momento mais difícil... Não desista!!!
Mesmo que este dia perfeito não exista

“Nossa vida é um pas de valse, sempre oscila
De um lado para outro”, disse a bailarina
Palavras fortes, brilhantes como purpurinas
Iluminadas como as estrelas, visto da marina

Sou um simples veleiro que navega sem parar
Entre tempestades, raios e ventos traiçoeiros
Seguro forte, pois as ondas crescem e enaltecem
Nossa alma. Quebram, lavam e desaparecem

E a gaveta? Eu irei arrumar, pode acreditar
As pedras ficarão para trás, esquecidas no mar
E perto do porto encontrei a mais bela flor
Onde, da margem, eu pude ver um velho amor

Que se vai ao longe, como lembranças
Que ao longo do tempo, vagamente recordamos...
E o sol nasceu, vou levantar a ancora, é hora de partir
Esquecer? Não vou conseguir, mas a busca é certa
Não vou desistir...

4 comentários:

Iêda disse...

Belo texto!! Amei a música que está no seu blog, adoro todas do Ben Harper! bjo

Amanda Proetti disse...

A busca é sempre certa... é certo que viverás... é certo que amarás...

Christi... disse...

Muito lindo, intenso, verdadeiro, amo a figura da bailarina

Bem, gostaria de te fazer um convite de blogagem coletiva através do link
http://tervirtual.blogspot.com/

O tema será O Tempo, e será agora, dia 15, domingo, não deixe de participar, se puder é claro, super interessante, nese link que te passei, basta somente colocar seu nome e endereço do seu blogue, é uma forma de divulgação, fazer novos amigos, conhecer novas culturas e se inspirar.
Vale á pena.
Bjs

Chris

João Luis Pinheiro - Jornalista, escritor e poeta disse...

Somos veleiros que navegam pelo mar da vida, entre tempestades, ventos, raios. Devemos manter sempre o nosso curso, sem perder o rumo. Adorei a poesia. Absolutamente genial!

Abraços
João