terça-feira, 30 de setembro de 2008

Lembranças

  • São Paulo: Acordei, a manhã estava fria, a chuva me levou para outro lugar. A garoa reforça o slogan de sampa. Milão - A canção dos trilhos me leva para as montanhas pinceladas com neve, o trem cruza diversos cidades, países, culturas e lá vou eu em mais uma viagem. De Milão, Itália, para a Suiça, parte francesa, Lausanne...

Esta é a estação Central de Milão, nosso ponto de partida - 2006


Esta foto é a divisa da Itália com a França. A paisagem é simplesmente divina...

As montanhas pinceladas com neve. Estamos perto da Suiça


Chegamos, Lausanne- Suiça Françesa - A visão é magnifica




Este é o nosso hotel - Estamos próximo do Museu do Charlie Chaplin

No retorno para Milão decidimos alugar dois carros. Esta é a saída da França, próximo à região dos castelos.

A viagem durou oito horas. Paramos em diversos Lugares. Visitamos a Nestlé, almoçamos na Alemanha, cruzamos a Europa. Próximo destino: Lugano - Suiça Italiana - De lá, fomos para o norte da Itália, Nápoles - A viagem continua....

domingo, 28 de setembro de 2008

Sempre que te vejo...

Sempre que olho para ele vejo uma cor
Amarelo, azul, verde, branco e às vezes cinza
Tem dias que está alegre, tem dias que não
Mas a vida é assim, razão e emoção

Às vezes o humor está em alta
Sorriso estampado no rosto como o sol
Mas a tempestade vem e vai embora
Como as ondas do mar em outrora

Nada parece igual, cada hora um sentimento
E sempre que te olho, vejo algo diferente
Ontem estava longe, ruim, hoje pensativo, bom
Um pouco poeta, um pouco Drummond

Mas sempre que te encontro, lembro do tempo
Tempos que se foram e marcas que ficaram
Ontem era uma criança, hoje um homem
Dias vividos, lugares marcados e amores complicados

Presente, passado e futuro estão juntos
Sempre que te encontro eu vejo a estação
A primavera chegou, mas aguardo o verão
Para bronzear nossos corpos e aquecer nossa paixão

Sempre que olho para ele
As lembranças me levam para uma viagem
Lugares distantes, pessoas divinas, podem acreditar
Que jamais vou esquecer para amanhã poder contar

Que esta magia só o espelho pode mostrar
Todos os dias pela manhã você poderá notar
O quanto o tempo, as estações e a vida mudam
Veja, sinta, reflita. O espelho vai te revelar...

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Gavetas

O que eu poderia fazer para arrumar esta gaveta?
Que todos mexem, remexem e não perguntam
Se está abandonada, se tem dono ou largada
Apenas deixam trapos e palavras amargas

E não me venha dizer que chorar é humano
Angústias e sentimentos se rebelam, se cansam
E no momento mais difícil... Não desista!!!
Mesmo que este dia perfeito não exista

“Nossa vida é um pas de valse, sempre oscila
De um lado para outro”, disse a bailarina
Palavras fortes, brilhantes como purpurinas
Iluminadas como as estrelas, visto da marina

Sou um simples veleiro que navega sem parar
Entre tempestades, raios e ventos traiçoeiros
Seguro forte, pois as ondas crescem e enaltecem
Nossa alma. Quebram, lavam e desaparecem

E a gaveta? Eu irei arrumar, pode acreditar
As pedras ficarão para trás, esquecidas no mar
E perto do porto encontrei a mais bela flor
Onde, da margem, eu pude ver um velho amor

Que se vai ao longe, como lembranças
Que ao longo do tempo, vagamente recordamos...
E o sol nasceu, vou levantar a ancora, é hora de partir
Esquecer? Não vou conseguir, mas a busca é certa
Não vou desistir...

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Caminhos

Lembro do primeiro dia
Todos juntos, sonhos, esperanças e vitórias
O objetivo parecia ser o mesmo para todos
Alegria, entusiasmo, risos e glórias

Mas infelizmente os caminhos tomaram rumos diferentes
Dia após dia, vai e vem, entra e sai, despedidas
E sem esperar, o que não poderia acontecer
Hoje eu ouvi: “preciso parar” – Tive que escrever!

Por um tempo fiquei sem saber, me perdi
Fiquei triste, chateado, não vou mentir
Mas não podemos definir o destino de ninguém
Se for melhor, vá em frente, seja forte, acredite amiga

Pessoas surgem em nossas vidas por acaso
Mas não é por acaso que permanecem
E se o destino lhe deu este presente
Não pare, estaremos juntos, jamais ausentes

Nossa amizade não teve tradução
O tempo vai lhe mostrar e revelar
Que não podemos voltar e mudar
Mas podemos parar e fazer um novo final

Seja forte, seja guerreira, sei que vai conseguir
E se realmente o “parar” se concretizar
Todas as palavras e gestos não servirão
Para separar a emoção da razão

Como diz o poeta,
Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves, dentro do coração
Assim falava a canção

Mas quem cantava chorou
Ao ver seu amigo partir
Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou...

sábado, 13 de setembro de 2008

Hoje pela manhã...

Há muito tempo eu não a encontrava
Dias e dias sem ver, sem perceber, sem sentir
E hoje pela manhã não teve como fugir
Apenas olhei, respirei fundo e perguntei...

Por que logo hoje você me procurou?
Há dias eu não te vejo, por onde andava?
Ela sequer me respondeu, não entendi
Tentei me explicar, mas não resisti

A emoção tomou conta de mim
Queria eu ter forças de um guerreiro
Para lutar e vencer naquele momento
Mas o que fazer quando é um sentimento?

Chegou como a tempestade
Inundou o meu ser, alagou o meu pranto
E no envolver do seu encanto, eu chorei
Deixei-me levar pela emoção, parei...

Ela, as lágrimas, vieram me ver
Tentei fechar as portas, mas não consegui
E hoje pela manhã eu lavei minha alma
Saudades... Ah! Se você estivesse aqui...

Um mundo seria pouco para nós dois
Não importa como seria nosso encontro
Um beijo, uma palavra ou um aperto de mão
Só queria sair desta imensa escuridão

E reviver nossas belas histórias
Olhar de homem, sorriso de menino
E se eu pudesse, uma vez mais, ficar contigo
Todos saberiam que além de irmão
Você foi o meu melhor amigo...

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

1970 - O sonho

Era noite de inverno, meados de 1970, ninguém perambulava pelas ruas, o medo era incontrolável. A repressão dominou, podou nossos sonhos, não tínhamos o direito de expressão, o povo calado e a imprensa com a boca amordaçada.

Ao entrar no prédio percebi que não tinha mais volta, as paredes eram brancas, vazias como nossos destinos. Não tínhamos o direito de falar, vomitar nossas angústias, nossas lutas estavam sentenciadas. Era o fim de todos nós, de artistas a jornalistas.

Você quer saber onde eu estava? Desculpe, esqueci de revelar o local, estou nervoso, talvez seja isto. O endereço era Rua Tutóia, nº 1000 – Bairro do Paraíso, na sede do DOI-CODI – Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações da Defesa Interna – Na sala do Setor de Análises e Interrogatórios.

Sentei-me no chão, a sala era pequena, vazia, ou melhor, havia uma mesa no canto esquerdo, nenhum quadro na parede, apenas um ar de esperança pairava no local. O medo tomava conta da minha mente, quem iria me interrogar? O que fiz? Por que eu?

Depois de algumas horas surge um senhor trajando roupas escuras, carrancudo, ar desconfiado, especulador, contra minhas idéias antes mesmo de saber quais eram. Deu-me uma folha em branco e pediu para colocar todos os meus dados e descrever uma lista das pessoas com quem andava, trabalhava, enfim, militava.

Após preencher todas as questões fui encaminhado para outra sala, desta vez escura, fria, o cheiro forte de urina era insuportável. Quantas pessoas não morreram ali? E se eu gritasse? Meu Deus, o que será de mim? Será que ninguém vai me ouvir?

Fiquei sentado por alguns minutos quando entraram dois homens, não podia enxergá-los direito, apenas a silhueta, levantei-me e perguntei o porquê de estar ali naquela situação, nada fiz, quando poderei sair? Eles não falaram nada, apenas o vulto, caí no chão - não vi, não senti nada, apenas um golpe na cabeça foi o suficiente para eu desmaiar (silêncio na sala).

Depois de horas eu levantei e olhei para os lados, não entendi nada, cadê os homens, a sala escura, o cheiro de urina e a minha cabeça? Estava tudo normal, foi apenas um sonho. Um sonho que não desejo a ninguém, mas que infelizmente durou a noite toda.

Agora estou aqui, sentado na frente do computador, ouvindo Chico Buarque, com total liberdade de colocar o que quiser neste blog. Sem dúvida, a ditadura foi embora, mas se paramos para pensar ela ronda nossos dias com outro nome, outra forma, disfarçada. E o Dói-Codi? Apenas mudou de endereço e de farda...

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Bom dia meu amor

Não sabia o que escrever
Estava perdido no mundo das palavras
Mas algo estava por vir
Fiquei calado, era preciso refletir...

Não tive escolhas, veio sem avisar
Bateu na porta do coração
Deixei entrar, sem questionar
Apenas ouvi para depois falar

Que para certas pessoas
Somos diamante, com muito valor
E para outras, simples ornamentos
Sem brilho, sem preço, sem amor

Saudades eu tenho, não vou negar
Mas o que fazer se não conseguimos apaziguar
Sua canção não vou esquecer, só lhe dizer
Que a margem está longe, não consigo te ver

No mar que navego, rastros você deixou
E mesmo na tempestade, o nosso sol brilhou
Lembra do Paraíso? Da agua que transbordou?
Bons tempos que o próprio vento levou...

Apesar dos pesares nossa história não se apagou
Está num lugar seguro, acredite, longe da dor
E quando menos você esperar, o sol irá se pôr
Para amanhã eu poder lhe dizer: Bom dia meu amor...

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Dia de fazer a diferença - REDE RECORD

Este foi o meu primeiro trabalho como Assessor de Imprensa


Representei o grupo ART POPULAR que jogou no time do Brito Junior. Perdemos o jogo, mas ganhamos o dia: 10 toneladas de alimentos.